segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Resenha: Bad Religion em Santos

Foto: Isabela Carrari

Após 15 anos, os veteranos da Bad Religion voltaram a visitar a Califórnia Brasileira, quero dizer, Santos. O reencontro entre a banda e a cidade aconteceu na madrugada de sábado, dia 7 de fevereiro, e o local escolhido foi a Capital Discos.

Às 00:20 o quinteto sobe ao palco tende como trilha sonora música clássica. Apesar de iniciar a noite com 'Fuck You', o single do álbum 'True North' (2013), depois dela só foram clássicos atrás de clássicos. 

Começando com 'I Want to Conquer the World' seguida de 'New America'. A pista da casa de show virou um caldeirão com 'Stranger Than Fiction' e 'Los Angeles is Burning'

Assim como o público, Greg Graffin e seus comparsas se mostravam bastante à vontade, interagiam com os fãs durante um som e outro. O baixista Jay Bentley até brincou com um fã que levantou um cartaz pedindo 'Only Entertainment', dizendo que não sabia mais tocá-la. 

 A apresentação teve vários momentos marcantes por conta da plateia. A dobradinha 'Raise Your Voice' e 'Generator' com certeza vai ficar na memória de várias pessoas. O mesmo pode se dizer de 'Struck a Nerve', 'You' e 'Suffer'

Mesmo com um escorregão, Graffin manteve bom humor e até fez piada com pequeno acidente. A “segunda parte” do set foi realmente para os fãs. A banda intercalava mais alguns hits com as faixas preferidas dos admiradores mais Hardcore da banda. 

'Do What You Want', 'Sinister Rouge', 'Skycraper' e 'Supersonic' são alguns dos exemplos. Outro momento memorável foi 'Infected', com o público praticamente ensandecido. E a grupo “encerrou” com Dept. of False Hope destacando o instrumental. 

O bis merece destaque não apenas pelas músicas, mas pelo figurino de Graffin. O frontman voltou ao palco como o novo camisa 10 do Santos. Com certeza, os torcedores do peixe gostaram da ‘nova contratação’. 

Mas voltando ao set-list, a trinca 'Fuck Armageddon… This Is Hell', 'Punk Rock Song' e a clássica 'American Jesus' fez todo mundo pular, cantar e, porque não, chorar. 

Dessa vez sem apagão como ocorreu em 1999, o Bad Religion fez uma apresentação digna de quem tem quase 35 anos de estrada. Foram 30 músicas para não deixar nenhum fã descontente, mesmo que tenha faltado aquele som favorito.


*Post publicado originalmente no Blog N'Roll A Tribuna.

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