terça-feira, 20 de novembro de 2012

Resenha: '¡Dos!' - Green Day


Depois de '¡Uno!', no meu ponto de vista, é difícil entender o que aconteceu com o Green Day em '¡Dos!'. Enquanto no primeiro álbum da trilogia, a banda deixou os fãs entusiasmados com músicas simples e melódicas. Já o segundo disco deixa um pouco a desejar e quase caiu no mais do mesmo.
A intenção de fazer um segundo disco do Foxboro Hot Tubs, igual a banda comentou, acaba morrendo logo na segunda música: 'Fuck Time'. Ela originalmente era para ser do projeto paralelo do trio verde. Mas segundo Billie Joe Armstrong, o som era muito bom para ser apenas dos seus alter egos alcoólatras.
A todo momento, o álbum parece lados B do projeto lançado em 2008, e não uma continuação de 'Stop Drop And Roll'. Em algumas pontos isso é muito bom, como em 'Stop When Red Lights Flash', 'Stray Heart' e 'Lady Cobra'. São as músicas que sustentam o disco pela sonoridade, pela intensidade, em alguns casos, pela letra.
Porém, em outras horas, alguns sons soam nos ouvidos como se fossem sobras de estúdio do próprio Foxboro Hot Tubs ou dos discos 'American Idiot''21st Century Breakdown' do Green Day. Parece só entraram no álbum para fazer número ou serem reaproveitadas antes que perdessem a 'validade'. É o caso de 'Wild One', 'Makeout Party' e 'Asheley'.
Preciso destacar duas músicas para exemplificar como o disco tem seus altos e baixos. Enquanto 'Nightlife', mesmo com a participação de Lady Cobra (Monica Painter), foi umas das experiência mais desastrosas do Green Day. 'Lazy Bones' é uma das melhores composições de Billie Joe nos últimos anos. Além de ter uma melodia bem Power Pop, se encaixando na proposta da banda para essa trilogia. Vale a pena escutá-la com uma atenção maior do que as outras.
E novamente, a última música traduz o álbum como ele é. Assim como 'Oh Love' resumiu bem o '¡Uno!', 'Amy' define bem o '¡Dos!'. Um inicio muito bom, mas que com as experimentações, torna o trabalho bem abaixo do esperado para uma trilogia.

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