Foto por Marga (Site Nada Pop) |
Responsáveis pela abertura de todos os shows da turnê do Teenage Bottlerocket, os Flanders 72 começaram a se apresentar por volta das 20h. Tocando The Same Stupid Kids, o trio trouxe a mistura do Bubblegum Punk com o Punk Class of ’94.
Foto por Marga (Site Nada Pop) |
O público ainda estava chegando ao Inferno, enquanto o grupo intercalava músicas dos álbuns South American Punk Rockers (2011) e de Dummyland (2013). Homeboy e Hitting the Wall foram algumas das canções que integraram o repertório.
O grupo mostrava bastante energia em cima do palco e chamava os amigos paulistanos para cantar junto com eles. E claro que tocando em São Paulo, os Flanders 72 não deixaram de homenagear a cidade tocando Sampa Streets. Outra faixa que merece destaque foi Totally Right.
O set teve espaço para algumas covers, como Tamara is a Punk dos The Queers e KKK Took My Baby Away dos Ramones. Essa última música teve a participação de Ray Carlisle do Teenage Bottlerocket nos vocais.
A última música da apresentação foi Christimas is Coming com o baixista Lippstein fazendo uma série de saltos antes de encerrar de vez a música. Os Flanders 72 foram um belo aquecimento para a “festa bubblegum” que estava para acontecer.
Após um breve áudio de introdução e o merchguy/animador de plateia Clint dando as boas vindas, o Teenage Bottlerocket subiu no palco. E logo de cara o grupo começou tocando Headbanger, e assim como o refrão, quase que alguns fãs tiveram uma concussão balançando as cabeças.
Foto por Marga (Site Nada Pop) |
Tocando rápido, o quarteto norte-americano conquistou o público com simplicidade e carisma. Sempre que podia, Ray vinha cantar cara a cara com os fãs que estavam na beira do palco ou apontava a guitarra como uma arma para eles.
O setlist trazia músicas de todas as fases do Teenage Bottlerocket. Canções como Don’t Want To Go e Stupid Game alimentaram ainda mais a ansiedade dos fãs. Os formatos delas contribuíam para isso, refrões fáceis de decorar com letras engraçadas.
[Vídeo por TvPunkRock]
Ray e Kody Templeman dividiam bem os vocais entre as músicas, enquanto Miguel Chen caprichava nas palhetadas no baixo. Já o baterista Brandon era quem fazia a tradicional contagem ramônica (one-two-three-four).
O nível de energia ficou ainda mais alto com Freak Out. Em seguida, a banda tocou um pequeno trecho de Sex and Violence do Exploited que serviu de introdução para Mutilate Me.
Se os Ramones tinham o pinhead para brincar com o público, o Teenage Bottlerocket tem o Clint. Como eu disse antes, o cara com a máscara de caveira serve para interagir com os fãs e animá-los. Mas a banda por si só consegue fazer isso sem dificuldade.
Entre uma canção e outra, eles brincavam com a plateia e entre si. Fizeram algumas covers na zoeira como Panama do Van Halen. Mas também levaram a sério a Blitzkrieg Bop dos Ramones.
No meio dos principais hits, Bigger Than Kiss e Skate or Die, a banda incluiu TV Set, música recém-lançada na coletânea da gravadora Red Scare Industries. E sem fazer hipocrisia, a banda assumiu e tocou I'm The One Smoking Marijuana Motherfucker.
Em certo momento do show, os fãs já subiam no palco para dar mosh e dividiam os backvocals com Kody. A barreira entre banda e público foi quebrada e todos estavam em uma imensa festa.
Em Bottlerocket, uma imensa roda punk abriu no lugar. Tudo isso a pedido de Ray que avisou que a canção foi escrita exatamente para pogar. A banda conseguia fazer bem a mistura de canções “novas” e antigas com So Cool e Cruisin’ For Chicks, por exemplo.
O show já se encaminhava para o final quando tocaram Done With Love. Depois de uma pausa rápida, o encore trouxe a cover de Henchmen do Bad Religion, deixando o público ainda mais agitado.
As duas últimas canções foram She’s Not The One e So Far Away. Os fãs já estavam roucos e ainda assim cantavam junto com a banda. Os integrantes pareciam felizes de ver que por aqui existem tantos admiradores enlouquecidos.
O Teenage Bottlerocket fez uma excelente apresentação para os fãs que estiveram no Inferno. E mesmo depois de um longo set cheio de energia, mostraram simplicidade ao atender os fãs tirando fotos, dando autógrafos e conversando.
Em resumo, nem parecia o show de uma banda que há poucos meses estava na Warped Tour. No melhor sentido possível, parecia um show de um artista nacional que já estava acostumado a tocar nos clubes de São Paulo.
(Vídeo por Flávio Santiago - OnStage)
(Vídeo por Flávio Santiago - OnStage)